MEMÓRIA DESCRITIVA:
“Esta ilha (…) é negra até às entranhas, na própria terra, na bagacina das praias, no pó das estradas, nas casas, nos campos divididos e subdivididos por muros de lava, nas igrejinhas das aldeias (…) ”Raul Brandão, in As Ilhas Desconhecidas
O Estudo Preliminar para o Eco Resort das Barcas, na Ilha do Pico, aborda aspetos intimamente relacionados com as raízes culturais da ilha do Pico, quer no seu aspeto social, quer geográfico. A Pedreira das Barcas, local para onde se prevê a implantação do Eco Resort, representa atualmente uma ferida aberta no território, interrompendo um elemento essencial e contínuo, numa paisagem “desenhada” tanto pela mão da natureza como pela do Homem, o manto verde de árvores e os Currais de Vinha. A imponente marcação geométrica que os Currais imprimem no território, opondo-se ao manto verde “selvagem” e aleatório, é de tal forma evidente, que se tornaram no ponto de partida conceptual para o planeamento e desenho do Empreendimento em causa.
O Curral enquanto elemento de proteção/ aconchego, a sua organização regrada, a solidez e robustez do basalto, dão origem a um mini plano urbano, constituído por vários lotes (”currais”) retangulares de 20 por 8 metros, demarcados por muros de pedra aparelhada, construídos com a matéria-prima existente na Pedreira. Cada lote (ou “curral”) protegido por estes muros de pedra, dá origem a um Módulo Habitacional caracterizado, no seu interior, pela conjugação da pedra de basalto com madeira. Neste Módulo os espaços interiores e de jardim são totalmente privados, proporcionando um local intimista e aconchegante a cada hóspede, por oposição às restantes áreas do Eco Resort cuja vivência possui um caráter mais comunitário. Todos os “currais” existentes, são ocupados tanto pelas diversas tipologias de habitação (T0, T1 e T2) como por Currais de Vinhas e Hortas Biológicas, que poderão servir como ponto de interesse lúdico-pedagógico, para atividades com os turistas, ou até económico e logístico, para abastecimento e aproveitamento no restaurante e lojas existentes no edifício principal. Em volta desta área habitacional, é projetada toda uma rede de espaços de lazer, de percursos pedestres e de manutenção, zonas de estar, de relaxamento e até de banhos, com a existência de um lago/ piscina biológica. Estas diferentes zonas são envolvidas e organizadas por elementos vegetais endémicos da ilha, e dos Açores em geral.
O Edifício de Apoio, que acoplará todos os serviços exigidos, serve também como elemento charneira no terreno, marcando a entrada no mesmo. Tal como os compridos muros de basalto ou as extensas canadas de terra vermelha que organizam este território, o Edifício surge como um muro nascido da colina que separa a zona de chegada e receção, e a zona de habitar e lazer do Eco Resort.
Como contributos para uma maior sustentabilidade ambiental deste Eco Resort, este projeto propõe a prática de princípios sustentáveis, como a utilização de materiais locais, como a pedra e a madeira oriundas de matas certificadas; aproveitamento da água das chuvas; recurso a painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica; redução da circulação automóvel no interior do Resort, privilegiando a circulação de veículos elétricos, bicicletas ou outros; tratamento seletivo de resíduos; recuperação, proteção e preservação do ecossistema local, criação de um Lago / Piscina Biológica, e ainda a criação de Vinhas, e Hortas biológicas.
“Esta ilha (…) é negra até às entranhas, na própria terra, na bagacina das praias, no pó das estradas, nas casas, nos campos divididos e subdivididos por muros de lava, nas igrejinhas das aldeias (…) ”
Raul Brandão, in As Ilhas Desconhecidas
O Estudo Preliminar para o Eco Resort das Barcas, na Ilha do Pico, aborda aspetos intimamente relacionados com as raízes culturais da ilha do Pico, quer no seu aspeto social, quer geográfico.
A Pedreira das Barcas, local para onde se prevê a implantação do Eco Resort, representa atualmente uma ferida aberta no território, interrompendo um elemento essencial e contínuo, numa paisagem “desenhada” tanto pela mão da natureza como pela do Homem, o manto verde de árvores e os Currais de Vinha. A imponente marcação geométrica que os Currais imprimem no território, opondo-se ao manto verde “selvagem” e aleatório, é de tal forma evidente, que se tornaram no ponto de partida conceptual para o planeamento e desenho do Empreendimento em causa.
O Curral enquanto elemento de proteção/ aconchego, a sua organização regrada, a solidez e robustez do basalto, dão origem a um mini plano urbano, constituído por vários lotes (”currais”) retangulares de 20 por 8 metros, demarcados por muros de pedra aparelhada, construídos com a matéria-prima existente na Pedreira.
Cada lote (ou “curral”) protegido por estes muros de pedra, dá origem a um Módulo Habitacional caracterizado, no seu interior, pela conjugação da pedra de basalto com madeira. Neste Módulo os espaços interiores e de jardim são totalmente privados, proporcionando um local intimista e aconchegante a cada hóspede, por oposição às restantes áreas do Eco Resort cuja vivência possui um caráter mais comunitário.
Todos os “currais” existentes, são ocupados tanto pelas diversas tipologias de habitação (T0, T1 e T2) como por Currais de Vinhas e Hortas Biológicas, que poderão servir como ponto de interesse lúdico-pedagógico, para atividades com os turistas, ou até económico e logístico, para abastecimento e aproveitamento no restaurante e lojas existentes no edifício principal.
Em volta desta área habitacional, é projetada toda uma rede de espaços de lazer, de percursos pedestres e de manutenção, zonas de estar, de relaxamento e até de banhos, com a existência de um lago/ piscina biológica. Estas diferentes zonas são envolvidas e organizadas por elementos vegetais endémicos da ilha, e dos Açores em geral.
O Edifício de Apoio, que acoplará todos os serviços exigidos, serve também como elemento charneira no terreno, marcando a entrada no mesmo.
Tal como os compridos muros de basalto ou as extensas canadas de terra vermelha que organizam este território, o Edifício surge como um muro nascido da colina que separa a zona de chegada e receção, e a zona de habitar e lazer do Eco Resort.
Como contributos para uma maior sustentabilidade ambiental deste Eco Resort, este projeto propõe a prática de princípios sustentáveis, como a utilização de materiais locais, como a pedra e a madeira oriundas de matas certificadas; aproveitamento da água das chuvas; recurso a painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica; redução da circulação automóvel no interior do Resort, privilegiando a circulação de veículos elétricos, bicicletas ou outros; tratamento seletivo de resíduos; recuperação, proteção e preservação do ecossistema local, criação de um Lago / Piscina Biológica, e ainda a criação de Vinhas, e Hortas biológicas.